Som da montanha
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Som da montanha
Som da montanha
R$ 35,00
As vendas desta loja estão temporariamente desativadas.
Autora: Odette Duque
ISBN 978-85-66185-31-7
Gênero:Poesia e crônica
182 p.
Formato: 14x21 cm
Confraria de Autores
Ano: 2015

Texto da contracapa:

Odette começa a narrar a sua história de forma enigmática, quase misteriosa, capaz de capturar as mentes mais distantes. Trama artimanhas, através de sua poética vibrante, capazes de oxigenar os pensamentos mais estáveis. A cada página, oferece novas maneiras de pensar. O sentido nunca é fixo. Transforma-se, desnuda-se, camufla-se e transcende a cada sentimento, a cada experiência, a cada vivência. Não é um livro prático, pois seu “poema é cheio de hojes para os dias de amanhã”. O pragmatismo lírico merece menção – “estou quase no pertenceu, breve estarei no pertencido”. Desafia dogmas, subverte máximas indiscutíveis, pois já “encontrou sua natureza essencial”. Ela entorta e revira memórias, “açoita o mundo com seu asco”, mas seu “amor é imensidão”. Questiona e relativiza a seriedade, é uma rosa que, apesar de ter se perdido em sua haste, escreve em pétalas e ainda “perfuma as horas do mundo”. O Som da Montanha nos dá coragem para pensar o inimaginável com liberdade, contudo, nos empurra para uma nova forma de pensar o mundo através de uma fraternidade de luz.
Mostra-nos um mundo caótico, sem controle, cuja ordem da sobrevivência está na luta para capturar o que não se captura, todavia, é de outra forma que as coisas sempre acontecem. A vida é um fio por onde passam a aceitação e a potência da criatividade, jamais a normatização. Assim, a autora expõe os ossos em sua obra instigadora e cativante. A cada leitura que fiz, e foram muitas, me deparava com inesperadas perspectivas como se estivesse em uma primeira leitura. Isto porque suas ideias permanecem abertas, sua natureza é incoerente, sua alma é inquieta e seu espírito é de uma guerreira de luz. Não é um livro de verdades. A verdade é flácida e difícil de aguentar. As regras são paradoxais e selvagens. Nem o tempo é digno de confiança, pois as “horas estão cansadas”. Não há pé nem cabeça, o livro pode ser aberto aleatoriamente e ser lido, não sem alguma dor. A natureza é incoerente, raivosa e meio maluca, mas há esperança. Som da Montanha é um grito silencioso que nos surpreende, redime e fascina.

Marcia Mendes